No
inicío de Julho estivemos no Stairway Club, em Cascais para
presenciar um concerto que vai um pouco além do rock’n roll. Nessa
noite em palco presenciámos três performances cada uma a fazer juz
ao que representa. A abrir a noite estiveram os portugueses Roadscum
que despertaram as mentes que de alguma forma pudessem ainda vir um
pouco dormentes da noite anterior.
Os
portugueses Roädscüm
vinham definitivamente com toda a força possivél. De tal forma que
ao cabo de poucos minutos ficaram sem uma das guitarras. Podia ser
complicado gerir isto? Podia. Mas não foi! Eles não baixaram os
braços, nem nada semelhante. Aliás toda a agressividade latente da
sua sonoridade ficou ainda mais crua e o concerto decorreu como se de
toda uma performance se tratasse acabando de forma quase apoteótica
no palco!
Já
a contar os minutos para Nashville Pussy tivemos Patrulha do
Purgatório com um reportório emblemático e representativo do mais
puro punk português a criar ondas de de nostalgia à mais bela
maneira punk: Duros, agressivos e sem papas na lingua, sempre prontos
a meter o dedo na ferida e a tornar impossivél que alguém se
mantivesse quieto durante concerto tal o ritmo frenético das
músicas!
Quando os Nashville Pussy entraram em palco o Stairway Club já se
encontrava praticamente cheio para os receber como se fossem da casa,
com uma tremenda ovação!
Na
verdade, quem vem ver um concerto dos Nashville Pussy não vem apenas
pela música...se vem apenas pela música recebe um grande bónus que
é o verdadeirio espectáculo de rock’n roll que eles oferecem.
Além de a maioria das letras girarem à volta de temas como alcoól,
mulheres, sexo, dor de corno, droga, violência, etc e tal, eles são
em palco tudo aquilo que apregoam nas suas músicas. Não é decerto
nem por acaso que eles dizem “In Lust we trust”. É porque é
mesmo isso que eles encarnam, como verdadeiros hedonistas que são.
Eles não querem saber do parecer bem nem creio que se importem muito
com o que os outros pensam, desde que dê para continuar a fazer
concertos e noitadas será sempre maravilhoso. Amantes da vida, da
loucura, da diversão sem regras nem prisões são em palco a
verdadeira banda.
O
rock’n roll da garrafa de whisky na mão e o cigarro ao canto da
boca com Ruyter Suys a protagonizar fantásticos solos de guitarra
que destilam aquela sensualidade que só ás mulheres com o
verdadeiro rock’n roll nas veias é permitida (sim o
verdadeiro...).
O
rock’n roll que esquece o politicamente correcto, as maneiras e
apenas mantém a boa educação! Assim é Blaine, provocador e
mandão, sempre a pedir mais barulho, mais loucura na sua voz rouca e
timbre sujo a beber cerveja do chapéu e a olhar para o público como
se o mundo acabasse em menos de cinco minutos e eles em palco
tivessem de fazer valer a pena tudo o resto.
O
público que grita pela banda mas apenas grita: Pussy! Pussy! Como se
estivessem a exorcizar dois mil anos de história que nos fazem não
dizer palavras de forma natural!
Podem ver a reportagem completa com fotografia do Daniel Jesus no Música em DX
Podem ver a reportagem completa com fotografia do Daniel Jesus no Música em DX
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