Na
passada terça-feira o Sabotage Club brindou-nos com uma generosa imersão de
post Rock, oferecendo-nos dois
concertos, de duas bandas que se poderiam dizer familiares e representantes do
mesmo género. Os Labirinto, banda
brasileira que conta já com cerca de 13 anos de existência, e os portugueses Then They Flew.
Encontrámos
uma casa a meio gás, pouco composta de gente, no entanto os Then They Flew deram o seu melhor para
interessar quem pudesse chegar, e no meio da sua harmoniosa angústia post rock
arrancaram muita gente da monotonia de uma terça-feira qualquer através dos
seus riffs compostos e trabalhados à exaustão.
Os
brasileiros Labirinto trilham o seu caminho desde 2003, numa mistura harmoniosa
de riffs de guitarra cheios e e pesados e outros arranjos orquestrais, e uma
percussão com um certo travo tribal que denuncia a nota tropical deste post
rock do outro lado atlântico e vieram apresentar o seu mais recente registo,
editado em marco deste ano, Gehena.
O
palco foi pequeno para albergar os seis músicos que se entregaram por completo
à viagem que pretendiam proporcionar onde não faltou sequer o elemento visual
comandado pela poderosa baterista da banda.
A integração de
elementos orquestrais e elementos electrónicos como em Locrus ou Avernus mostram
o complexo trabalho que a banda tem para criar este arrojado post rock, em que
elaboram camadas sonoras sucessivas que preenchem na totalidade o éter e que
nos traz uma sensação de viagem turbulenta mas ao mesmo tempo segura e
apaziguadora.
Houve
tempo para conversar com o publico, e expressar algumas preocupações sobre a
actual situação do Brasil, o que desanuviou um pouco o ambiente quase soturno
que haviam criado com a própria sonoridade.
Num
momento estávamos imersos numa vertiginosa explosão sonora crispada pelos
poderosos riffs das guitarras e a bateria maníaca quase a explodir, no momento
seguinte já num outro mundo onde apenas sentimos os sons apaziguadores criados
electronicamente e misturados com a percussão para nos levarem sem qualquer
receio na viagem que tinham para nós programada.
O
concerto sucedeu numa espécie de crescendo emocionante e foi uma boa
demonstra;ao do que se esta a fazer a nível de sonoridades mais pesadas do
outro lado do atlântico. A faixa que dá nome ao álbum, ficou para o final e
fechou uma boa noite de musica. Aguardamos nova visita!Podem ver a reportagem completa no Música em DX com fotografia do Luis Sousa!
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