No passado sábado a Groovie Records celebrou o seu 13
aniversário e foi celebrá-lo com toda a pompa possível ou imaginária a uma
editora de rock n’roll, ao Sabotage Club. Rock n’roll à séria de gente que
carrega às costas a música para a fazer chegar onde a possam ouvir.
O local escolhido para acolher a
festa foi o Sabotage Club que dista
uns 500 metros em linha recta, e sem mudar de passeio da loja da Groovie
Records.
As festas da Groovie Records que já nos trouxeram bandas como os brasileiros Dead Rocks, trouxeram-nos desta vez uma
banda do país do sol nascente como protagonista, os The Swamps.
Foi todo um cenário de rock n’roll
numa festa onde tudo era possível.
Poucos esperariam ver os Dirty Coal Train como duas verdadeiras
pedras rolantes numa indumentária estampada com um toque de selva. E sim,
estavam em estado selvagem. Quer na indumentária quer no som que debitaram sem
qualquer dificuldade.
Os Dirty Coal Train actuaram determinados a incendiar o público.
Incendiaram também os membros dos The
Swamps, que vagueavam pelo público num registo de êxtase & jet lag
agressivo, movendo-se ao som de um ritmo elevado que impuseram durante todo o
concerto.
É fantástico ver a garra com que
os Dirty Coal Train agarram o público
e de uma forma frenética, vertiginosa, avançam para o meio do público, rebolam
no chão, encarnam em si todo o rock n roll possível dando tudo de si. Oferecem
mais uma vez um concerto irrepreensível e sempre cheio de surpresas que torna
impossível não se gostar deste trio maravilhoso.
Depois da fabulosa actuação dos Dirty Coal Train o público estava mais
ou menos preparado para o que se seguia, no entanto alguns problemas técnicos
dos Swamps quebraram o ritmo
vertiginoso que havia sido imposto pela locomotiva bem oleada dos Dirty Coal Train.
Os The Swamps apareceram pela mão de Kim and Miss Koko e desde
o inicío têm procurado trazer à audiência um autêntico espectáculo de rock
n’roll com um enfase muito especial no garage punk.
A indolência com que se movem em
palco mostra isso. São exibicionistas mas no bom sentido da palavra,
exibicionistas por que estão ali para se exibir e é isso que fazem!
Começaram realmente de forma um
pouco tímida, mas ao cabo de quatro músicas já estava marcada a posição.
Marcam pela distorção, a guitarra
suja, quase sangra de tão crua que se faz sentir a ausência de efeitos. Tudo
neles é cru, directo, rude, ríspido. Mas o público vibra com o ritmo de Miss Koko e do baixista que sustêm na
parte rítmica toda a distorção da guitarra e a diluem!
É um daqueles fenómenos que só
faz mesmo sentido depois de ver ao vivo. A visão fora do vulgar que estes
japoneses têm do rock n roll.
Kim rebola no palco, e toca guitarra
em todas as posições que consegue, canta, grita, urra!!
E o público grita e dança com os Swamps! As festas de Rock’n roll são
mesmo assim! Os Dirty Coal Train e os
the Swamps apresentaram e
representaram de forma exímia o que os move e homenagearam da melhor forma a
editora a que pertencem.
Podem ver a reportagem completa no Música em DX com fotografia do Luis Sousa!
Podem ver a reportagem completa no Música em DX com fotografia do Luis Sousa!
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