psi·lo·ci·bi·na
(latim científico Psilocybe, do grego psilós, -ê, -ón, despido, descoberto + grego kúbe, -es, cabeça + -ina)
substantivo
feminino
[Farmácia,
Química] Substância (C12H17N2O4P)
que tem propriedades psicoactivas e alucinogénicas, encontrada em
alguns cogumelos.
psi·lo·ci·bi·na
(latim científico Psilocybe, do grego psilós, -ê, -ón, despido, descoberto + grego kúbe, -es, cabeça + -ina)
"psilocibina", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/psilocibina [consultado em 12-10-2019].
(latim científico Psilocybe, do grego psilós, -ê, -ón, despido, descoberto + grego kúbe, -es, cabeça + -ina)
substantivo feminino
[Farmácia, Química]
Substância (C12H17N2O4P) que tem propriedades psicoactivas e alucinogénicas, encontrada em alguns cogumelos.
"psilocibina", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/psilocibina [consultado em 12-10-2019].
Os
Psilocibina estão em tour. São uma banda relativamente recente e com um
nome bastante sugestivo para quem gosta do género a que se
dedicam, daí que o inicio deste texto seja exactamente o paragrafo do dicionário que nos informa por alto do que estamos a falar. Tomei conhecimento dos Psilocibina através dos Samsara Blues Experiment, (Christian Peters vive actualmente no Brasil), com quem os Psilocibina viriam a fazer uma tour durante o ano passado. Não passaram despercebidos e se normalmente o não passar despercebido se relaciona com a "originalidade" de cada banda, aqui passa também pela qualidade e pela capacidade de se distinguirem dos demais ao não hesitar em dar um cunho muito brasileiro às suas músicas. Nos riffs e ritmos sentem-se essas mesmas raízes com novas roupagens mas sem se demitirem desse mesmo legado e isso é visivél nos nomes que escolheram para as suas músicas (Trópicos, Na Selva Densa). Esta noite vão estar no Sabotage Club para uma noite de riffs quentes e jams infinitas).
Psilocibina - 2069
Songs
to Nowhere - Como se conheceram e como chegaram até este momento com
esta formação?
Psilocibina
- Olá! Nos conhecemos pois éramos todos da mesma cidade
(Niterói, Rio de Janeiro). Eu (Alex Sheeny, guitarrista) já
conhecia o baixista Rodrigo Toscano desde pequeno por ser muito amigo
e ter estudado com seu irmão mais velho, assim começamos a tocar em
casa juntos como amigos. Um pouco depois morei um tempo fora do Rio e
nessa época o Rodrigo teve uma banda com o baterista Lucas Loureiro.
Algum tempo depois nos reunimos para fazer jams e acabou formando uma
banda.
STN - O nome da banda é extremamente sugestivo, por isso tenho
de vos perguntar o porquê desta escolha, é uma sugestão ou uma
declaração?
Psilocibina
- O nome da banda tem a ver com o período em que formamos a
banda, em que tivemos durante um tempo experiências com a
psilocibina. Mas para nós o nome está relacionado diretamente com
conceito de unidade entre o ser humano e a natureza, que acreditamos
ser a mensagem mais importante dessa experiência. Não temos
pretensão de sugerir nada, mas vemos essa ligação como algo
importante e que buscamos traduzir em nossa música.
STN - O vosso primeiro disco foi editado em 2018 e dele saíram
canções como LSD ou 2069, podem falar
um
pouco do processo de composição dessas duas músicas?
Psilocibina
- O processo de composição muitas vezes parte de uma ideia
(como um riff ou uma progressão) e os arranjos são definidos muitas
vezes a partir de jams. Temos hábito de gravar nossos ensaios e
então quando conseguimos captar algo que consideramos expressivo
normalmente damos prosseguimento.
STN - Foram sempre uma banda instrumental ou seja foi este o
vosso projecto desde o inicio ou foi algo que aconteceu e nem se
deram conta?
Psilocibina
- Nós sempre fomos uma banda instrumental mas não estamos
limitados a isso, talvez no próximo disco a gente experimente
algumas inserções com voz nas músicas.
STN - Como funciona o vosso processo criativo?
Psilocibina
- Como
falei anteriormente: O
processo de composição muitas vezes parte de uma ideia (como um
riff ou uma progressão) e os arranjos são definidos muitas vezes a
partir de jams. Temos hábito de gravar nossos ensaios e então
quando conseguimos captar algo que consideramos expressivo
normalmente damos prosseguimento.
STN - Quais as vossas maiores influências artísticas?
Psilocibina
- Bom, temos um gosto musical bem abrangente, então seria um
pouco limitador citar nomes. Mas o que nos influência e nossa
formula é a fusão da música brasileira, jazz, rock e psicodelia.
STN - Quem produz a arte dos vossos discos e merchandising?
Psilocibina
- As artes foram feitas por mim (Alex Sheeny, guitarrista) e a
arte da turnê europeia (a da raposa) foi feita por mim e pelo
baixista Rodrigo Toscano em parceria.
STN - Quais as vossas expectativas para esta primeira tour
europeia?
Psilocibina
- Sinceramente não sabíamos muito bem o que esperar, mas hoje
estamos já chegando praticamente no meio de nossa turnê e todas
nossas expectativas foram superadas. O retorno do público foi
surpreendente e muito positivo. Estamos muito felizes com essa
oportunidade e estamos dando tudo de si em todas as noites.
Songs
to Nowhere - Que disco ou banda vos surpreendeu mais nos últimos
tempos?
Psilocibina
- Preferia pular esta pergunta pois diversos artistas em diversos
estilos de música nos surpreendem quase que diariamente, então não
seria justo nomear somente um.
STN- Tem outra ocupação para lá dos Psilocibina?
Psilocibina
- Sim, todos nós temos outras ocupações. Infelizmente ainda é
impossível para nós sobreviver somente de música e pagar contas ao
mesmo tempo.
STN - Tem formação musical ou são auto didatas?
Psilocibina
- Somos todos autodidatas.
STN - Qual a vossa opinião sobre as mudanças que a internet
impôs ao mercado da música?
Psilocibina
- Bom, são mudanças inevitáveis e acredito que essas mudanças
tem lados positivos e negativos. Acho que não cabe a nós fazer um
juízo de valor se essas mudanças são boas ou ruins pois seria
somente perda de tempo. Estamos mais focados em aproveitar as novas
possibilidades e sempre nos adaptar a realidade.
STN - Já passou um ano desde a saída de Psilocibina,
ultrapassou as vossas expectativas? É que entretanto já abriram
concertos para bandas como os Samsara Blues Experiment entre outros
pesos pesadas da cena stoner e psicadélica actual….
Psilocibina
- Sim, com certeza. O disco ultrapassou totalmente nossas
expectativas pois de início não esperávamos nada. Gravamos e
produzimos o disco de forma independente e até o próprio lançamento
do nosso LP na Europa foi uma grande surpresa. Agora com a turnê
está sendo surpreendente ver de perto aonde nosso trabalho chegou e
como tocou algumas pessoas.
No
entanto gostaríamos de ressaltar que nada disso seria possível sem
o apoio do nosso selo no Brasil – Abraxas Records, comandado pelo
irmão do Rodrigo, o Felipe Toscano. E também com o apoio do selo
alemão Electric Magic Records (comandado pelo Christian Peters,
Samsara Blues Experiment) que lançou nosso discos na Europa.
Psilocibina Supernova 3333
STN - Esta pergunta é quase sempre inevitável. Para quando
um novo álbum?
Psilocibina
- Estamos planejando um novo lançamento para o ano que vem.
Nessa turnê já estamos tocando algumas músicas novas que estarão
no próximo disco.
STN - Qual a vossa opinião e de que forma vos afecta a actual
situação política no Brasil?
Psilocibina
- Bom, somos totalmente opostos ao governo atual. Nos afeta pois
além de ser um governo que que vai totalmente contra as liberdades
individuais acreditamos ser a pior fase política que o país já
passou.
STN - Se pudessem viajar no tempo com quem gostariam de
partilhar o palco ou que concerto gostariam de ver?
Psilocibina
- Se pudéssemos viajar no tempo seria para o futuro, então
ficaria difícil nomear alguém para partilhar o palco. 2069!
STN - A última palavra é vossa!
Psilocibina
- Gostaríamos de agradecer a todos que tem ido aos nossos shows
e nos dado suporte seja comparecendo aos shows, comprando nossos
discos ou nosso merchandise e também a nossas famílias e amigos que
nos apoiam. Fazer música é uma tarefa ingrata mas ao mesmo tempo é
um ideal de vida. Por isso nunca deixem de acreditar nos seus sonhos.
É a única mensagem possível. Obrigado!
Entrevista - Isabel Maria
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